Mostrando postagens com marcador Crianças. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Crianças. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Estado Islâmico prende mais de 100 mil crianças para usá-las como 'escudos humanos'

A situação das crianças em Mossul (Iraque) é alarmante, enquanto elas tentam fugir da guerra com seus pais e têm suas famílias assassinadas pelo Estado Islâmico.

Mais de 100 mil crianças estão correndo risco de serem usadas como escudos humanos em Mossul. (Foto: alwaght)
Mais de 100 mil crianças estão correndo risco de serem usadas como escudos humanos em Mossul. (Foto: alwaght)
O UNICEF, o fundo infantil das Nações Unidas, advertiu que cerca de 100 mil crianças podem estar presas na cidade de Mossul (Iraque), com o grupo terrorista Estado islâmico tentando usá-las como escudos humanos.

"Estamos recebendo relatos alarmantes de pessoas, incluindo várias crianças, sendo mortas no oeste de Mosul. Alguns foram mortos quando tentaram desesperadamente fugir da guerra que se intensifica a cada hora", disse o representante da UNICEF no Iraque, Peter Hawkins, em comunicado na última segunda-feira (5).

"As vidas das crianças estão na linha de frente. As crianças estão sendo mortas, feridas e usadas como escudos humanos. Elas estão experimentando e testemunhando uma violência terrível, que nenhum ser humano jamais deveria testemunhar. Em alguns casos, eles foram forçados a participar da guerra e até praticar violência", ressaltou.

Hawkins disse que os 100.000 meninos e meninas permanecem em "condições extremamente perigosas" em Mossul, que atualmente está cercada por tropas da coalizão que espera retomar a cidade das mãos do Estado Islâmico, e expulsar os terroristas do país.

"À medida que a luta continua, a UNICEF convida todas as partes no oeste de Mosul a protegerem as crianças e mantê-las fora de perigo em todos os momentos, de acordo com as obrigações que lhes incumbem por força do direito humanitário", destacou.

"Os ataques contra civis e a infra-estrutura civil, incluindo hospitais, clínicas, escolas, casas e sistemas de abastecimento água devem parar imediatamente", acrescentou.

A CNN compartilhou separadamente várias histórias de civis que conseguiram escapar das garras do Estado Islâmico em Mosul, em um relatório da última terça-feira (6), que incluiu histórias aterrorizantes sobre crianças que se esconderam ao lado dos cadáveres de seus próprios pais.

"Debaixo de um hijab [véu islâmico] preto, uma pequena menina espia. Sua mãe estava morta há dois dias. A menina se escondeu atrás do cadáver da mãe", descreve parte do relatório.

Em outro caso, Mariam Salim, de 10 anos e sua irmã mais velha, Ina'am, disseram aos oficiais de resgate como sua família foi morta.

"Meus pais estão sob os escombros, nossa [outra] irmã está morta. Eu a vi", disse Ina'am. Ela explicou que, enquanto sua família tentava fugir, um morteiro atingiu sua casa, fazendo com que o prédio desabasse.

"Eles se foram, eles se foram", lamentava Mariam disse. "Minha mãe, meu pai, minha irmã, meu irmão".


Masscre
A ONU disse que terroristas do Estado Islâmico estão realizando massacres em grande escala, punindo civis por tentar fugir.


Zeid bin Ra'ad al-Hussein, o chefe de direitos humanos da ONU, disse que cerca de 160 pessoas morreram em um único dia na semana passada, enquanto tentavam fugir.

"A brutalidade do 'Daesh' [nome árabe dado ao Estado Islâmico] e outros grupos terroristas aparentemente não conhece limites", disse Al-Hussein.

"Ontem, minha equipe me informou que cadáveres de homens, mulheres e crianças iraquianas assassinadas ainda estão nas ruas do bairro al-Shira, no oeste de Mosul, depois que pelo menos 163 pessoas foram mortas pelo Estado Islâmico, quando estavam em fuga", acrescentou.

Stephen O'Brien, o sub-secretário da ONU para assuntos humanitários, advertiu anteriormente que os jihadistas visam especificamente as crianças.

"Embora a ONU não esteja presente nas áreas onde a luta está ocorrendo, recebemos relatos muito perturbadores de que as famílias estão presas dentro de suas próprias casas e que crianças estão sendo deliberadamente atacadas por atiradores", disse O'Brien no mês passado.

A CNN descreveu os acontecimentos em Mossul como um "inferno que nem se pode imaginar".

"Não há nenhum modelo passado que possa se comparar a esta guerra. Ninguém lutou contra um inimigo como o Estado Islâmico, que prende os civis como reféns nesse tipo de campo de batalha urbano denso. Não há palavras para consolar aqueles que sobrevivem", informou a CNN. "Apenas a tristeza sufocante e sem fim, um nó na garganta".

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST


sábado, 4 de junho de 2016

Ore pelas crianças vítimas de agressão


INTERNACIONAL

Já é difícil imaginar um adulto ser perseguido pelo simples fato de querer ser como Jesus e viver em amor, mas quando se trata de uma criança, é quase impossível descrever o sentimento
  
Atualmente, mais de 100 milhões de cristãos são perseguidos por causa de sua fé em Jesus, em mais de 60 nações. Sabe-se que mulheres e crianças, no entanto, são mais suscetíveis, principalmente em países onde prevalece a sharia (lei islâmica). Um novo relatório da pesquisadora norte-americana Lela Gilbert, do Instituto Hudson, nos EUA, descreve a violência contra os "mais vulneráveis" em terras muçulmanas como uma espécie de arma usada pelos grupos extremistas para extinguir os cristãos de suas terras. As pesquisas apontaram, no caso das mulheres, para as questões da violência doméstica, exclusão social, códigos de vestimenta opressivos, falta de proteção legal, entre outras coisas.

No caso das crianças, abordou casos de abuso, casamento infantil, trabalho forçado e a extrema violência contra elas. Já é difícil imaginar um adulto ser perseguido pelo simples fato de querer ser como Jesus e viver em amor, mas quando se trata de uma criança, é quase impossível descrever o sentimento. Relatórios da Portas Abertas alertam para um grande número de crianças órfãs, com alguma deficiência por conta das explosões, privadas de uma educação regular, discriminadas pela sociedade, enfim, violentadas em todos os sentidos e em todas as esferas da vida, tanto física como emocional e espiritualmente. Em cada país, no entanto, o tipo de desafio na perseguição tem suas peculiaridades.

José*, um menino cristão que vive na Colômbia, por exemplo, convive diariamente com a luta armada de guerrilheiros e paramilitares, na disputa pelo poder no país. Seus olhos já viram várias execuções de jovens e cenas chocantes demais para sua idade. Mikal* é um pequeno paquistanês obrigado a estudar o alcorão em tempo integral e ouve de seus professores que não se pode confiar em cristãos. Ele enfrenta bullying de seus colegas por causa de sua fé, na hora do lanche é chamado de infiel, vive isolado e nunca é convidado para festas e eventos, o que o faz ficar deprimido. Mas esses são apenas dois dos milhares de exemplos.

Hoje, 4 de junho, a ONU criou o "Dia Internacional das Crianças Vítimas de Agressão", para que sejam lembradas e também para que haja uma reflexão sobre esse assunto. Lembrando que, somente a partir do século 19, as crianças passaram a ser percebidas como seres humanos autônomos, fator que contribuiu muito para o desenvolvimento da psicologia, pedagogia, pediatria e psicanálise, com o objetivo de atenuar as agressões e melhorar as condições de vida dos menores. Zelar pelas crianças não é tarefa exclusiva dos pais, mas de todos, desde a comunidade, parentes, profissionais de saúde, educadores até governantes. Que esse dia não seja o único em que vamos nos lembrar das crianças vítimas de agressão, mas que seja o primeiro em que vamos nos comprometer a orar por elas, para que suas vidas sejam mudadas e que Deus substitua suas lembranças difíceis pela esperança de um futuro melhor.


*Nomes alterados por motivos de segurança.

Fonte: https://www.portasabertas.org.br