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sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Usar medicamentos contra depressão despreza o poder de Deus? Psicólogo cristão responde

Mizael Silva confronta o questionamento refletindo sobre o uso de medicamentos para outras áreas de saúde com o câncer.


O psicólogo questiona o motivo da diferença entre doenças da mente e do corpo. (Foto: Reprodução).
O psicólogo questiona o motivo da diferença entre doenças da mente e do corpo. (Foto: Reprodução).

No decorrer da vida, tanto ímpios quanto os cristãos podem ter problemas de saúde, inclusive os de saúde da mente. Não é a toa que muitos cristãos chegam a ter depressão, por exemplo. Mas, o cristão deve tratar problemas psíquicos apenas com oração? Fazer usos de remédios seria menosprezar o poder de Deus? Para responder essas perguntas, o psicólogo cristão Mizael Silva conversou com Cássio Miranda, apresentador do programa Mente Aberta.

“A gente tem uma longa discussão sobre esse tema, primeiro começando sobre essa pergunta que já implica numa dúvida. Tem alguma coisa que é de Deus e tem alguma coisa que não é de Deus. E ai se a gente tem essa dúvida, logo começa essa pergunta, principalmente sobre a medicação”, inicia o profissional.

“E ai a minha pergunta tem uma réplica. Se a gente fosse falar de outra área que não fosse a área psíquica, se a gente fosse falar do câncer, a gente perguntaria se ter um remédio para o câncer é de Deus? Acredito que para essa, todos teriam uma rápida e momentânea reposta: ‘Sim é de Deus’”, ressalta.

O psicólogo questiona o motivo da diferença entre os dois problemas. “E porque quando a gente trata da área psíquica, a gente tem a dúvida se é de Deus ou não? A gente tem uma história baseada na filosofia grega do platonismo que vai provocar um contraste entre essa ideia. Porque existe algo que é espiritual e algo que é físico. E aquilo que é espiritual ele entende que é perfeito. Aquilo que não é espiritual, que é físico e humano é imperfeito”, explica.

“Então, é por isso que a gente tem essa dúvida, que de aquilo que o homem faz, mesmo sendo bom e não estando no campo religioso, isso pode ser de Deus. Esse dualismo é que provoca esse problema e essa pergunta”, comentou.

Pastores que proíbem
Questionado pelo apresentador, sobre pastores que proíbem os membros de irem em um psicólogo ou psiquiatra, Mizael responde. “Eu acredito muito que o que a gente está discutindo é sobre a área psíquica, sobre a mente e a alma. E a gente entende que sobre a alma, só quem pode falar sobre ela é o campo do sagrado e religioso. Tudo o que falar sobre a psique que não estiver numa linguagem cristã, ela vai ser denominada como uma corrupção. É o sagrado e o profano”, disse.

O remédio psiquiátrico nos impede de ouvir a voz de Deus?
“Deus vai ser impedido em algum momento de se manifestar a partir de uma atitude do homem? Deus pode ser impedido através de uma medicação? O quê que a gente está compreendendo de fato sobre como Deus se manifesta? As pessoas compreendendo que quando o remédio atua na área da mente, ele pode implicar na alma. Estamos falando de processo cognitivo. Ou seja, toda alteração neuroquímica. Se você está alegre ou triste, isso causa uma alteração neuroquímica. A depressão, a ansiedade e síndrome do pânico são alterações neuroquímicas que precisam ser reestabelecidas. A gente vai ter neurotransmissores como a dopamina, ocitocina que o aumento dela ou a diminuição dela no nosso organismo vai resultar nesse desequilíbrio de humor”, explanou.
Confira a entrevista na íntegra:

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA REDE SUPER

domingo, 2 de outubro de 2016

“A gente não ensina princípios falando, mas sendo exemplo", diz psicóloga cristã

Juliana Batista alertou que os pais precisam entender os sentimentos dos adolescentes, que agora enxergam o mundo por uma nova ótica.

Juliana criticou os pais que cobram dos filhos atitudes que nem eles mesmos são capazes de colocar em prática.  (Foto: Reprodução).
Juliana criticou os pais que cobram dos filhos atitudes que nem eles mesmos são capazes de colocar em prática. (Foto: Reprodução).

A psicóloga Juliana Batista comentou, durante uma entrevista no programa Mente Aberta da emissora cristã Rede Super, sobre uma fase tão complicada na vida de todos: a adolescência. Ela ressaltou a importância de “validar o sentimento do adolescente” e que é “fazendo” que a gente ensina os princípios.

“A gente precisa ter paciência, é um período bem complicado na vida do homem, né? O corpo muda todinho, a criança perde a perspectiva dela mesma. Então, é bem confuso nesse período”, disse.

“É um período muito ambíguo, a gente é grande demais para algumas coisas e pequeno demais para outras coisas. Às vezes o pai tende a cobrar como um adulto, no entanto a criança não consegue corresponder. É bem complexo mesmo esse período”, pontuou.

Uma fase de conflitos

Para a psicóloga, o adolescente começa a perceber um novo mundo que lhe rodeia. “Ele está compreendendo o mundo sobre uma nova ótica. Então antes ele não tinha tantas escolhas, ele não tinha tanta voz. Agora, como adolescente, quase um adulto, ele tem a sensação muito grande de que ele pode tudo. A gente chama essa tentação de onipotência. Então, ele acha que sabe mais que todo mundo. Ele acredita que pode tudo, que tudo vai dá tempo. Então, o grande conflito com os pais gira em torno disso”, comentou.

“O adolescente sempre deixa tudo pra fazer de última hora, tem o pensamento otimista demais de que tudo vai dá certo. De que em uma semana vai perder 20 quilos. É aquela coisa completamente fora da realidade”, ressaltou.

“O que os pais precisam mais compreender é que eles precisam trazer a direção para esses jovens à despeito da briga entre eles. Os pais são realmente muito questionados nesse momento, na sua liderança, nas suas coerências. A gente precisa manter a calma e entender que esse momento vai passar”, continuou a profissional.

“Para o adolescente, é muito importante que a gente valide os seus sentimentos. Que a gente aceite aqueles sentimentos. A gente não precisa concordar com eles, mas a gente precisa acolher os sentimentos do adolescente e tratar aquilo com naturalidade”, incentiva.

Juliana ainda faz uma crítica aos pais que cobram dos filhos atitudes que nem eles mesmos são capazes de colocar em prática. “A gente não ensina princípios falando, a gente ensina princípios fazendo. É muito importante que os pais percebam que, muitas vezes, os filhos estão reproduzindo os seus comportamentos. Então, como pais, antes de fazer qualquer crítica ao adolescente, é importantíssimo refletir sobre os nossos comportamentos, trazer a responsabilidade para nós”.

Confira a entrevista na íntegra:


FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA REDE SUPER